Eu nunca tive a pretenção de ter um blog e me expor de alguma maneira. Minha vida sempre foi cheia de obstáculos, talvez não muito diferente da maioria das pessoas, mas as vezes eu penso em dividir minha história pra que mais pessoas saibam que não estão sozinhas.
Claro que eu queria começar contando sobre meuá avós maternos e paternos, mas a verdade é que nunca me contaram nada apesar da minha insistência em quere saber.
Eu pelo menos tinha essa curiosamente, mas pensando bem vou falar só sobre o que eu sei, o que eu vivi e as versões que me foram contadas.
Eu nasci as 10 da manhã de uma manhã de outono. Era quinta-feira. Segundo minha mãe um dia anterior ao meu nascimento ela teve desejo por jabuticaba e subiu, grávida, num pé desta fruta e ao saltar pra sair da árvore a bolsa rompeu. Ela deveria ter ido ao hospital, mas só foi de madrugada quando começou a sentir as contrações. Irresponsável ou não, eu estou aqui.
Eu nasci numa família desestruturada completamente. Pelo que percebi nos 17 anos que morei com minha família não havia harmonia em nossa casa.
Ainda bebê , enquanto minha mãe trabalhava eu ficava aos cuidados de minha avó paterna, meu avô paterno falecera enquanto meu pai ainda era uma criança. Segundo o que a minha própria avó me contou aos 14 anos, quando ela foi até mim pedir perdão segurando uma caixa de bombons, enquanto eu ficava com ela ela me colocava numa gavinha com água gelada e gelo, dai eu ter tido várias e várias infecções na garganta. E mais, disse que me batia com uma toalha molhada e torcida. Assim não ficaria marcas, segundo ela. E não ficaram, não ficou marcas externas, mas as internas isso não tem como apagar. Diante da situação eu fiquei primeiro perplexa dela me contar na frente da minha mãe e ainda me oferecer uma caixa de bombons como perdão.
Se eu já tive revolta, já. Mas eu não consigo entender como uma pessoa que deveria cuidar de mim me fez tanto mal, a um bebê que não podia se defender. Eu pelo jeito apanhei e fiquei no gelo muitos meses, dias após dias. Eu não sei quando parou, mas eu comecei a andar com 6 meses provavelmente pra fugir da agressão.
Uma vez eu perguntei pra minha mãe se ela nunca desconfiou e ela deixou escapar que eu sempre gritava quando ela me deixava lá. Dava pra ouvir os gritos daria, ela disse, mas ela nunca voltou. A verdade é que eu fiquei ali sozinha e mesmo ouvindo menus gritos ela não voltou.
Eu não sou ninguém pra julgar porque me fizeram isso. Eu não sei nada da vida da minha avó, não sei como ela foi criada, não sei o que fizeram com ela. Nada justifica o que ela fez comigo, mas eu não sinto magoa. Só tristeza de não ter tido uma avó presente e carinhosa como a maioria é como eu gostaria de ter tido. Mesmo passando por tudo isso, a única coisa que eu posso dizer é que eu sobrevivi.
Nivia Surtô
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quinta-feira, 14 de maio de 2015
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
De repente
Foi de repente
De repente, o vazio na alma, pesa ao arrastar o corpo pelo chão
E a luz do olhar, vê apenas os contornos na escuridão
Falta ar, falta pulmão, falta força pra pedir perdão
A mente confusa se esvai na solidão, e são tantas palavras difusas
Muita reluta e muita oração
De repente, não mais que de repente, da arte fez-se o drama e da culpa o arrependimento
Mente conturbada, pensamentos incessantes
O combate, a batalha de frustração
Pelos altos e baixos, eu na multidão
De repente, do nada sinto força e relutação, a fraqueza e a adoração
Sem sentido, sem ação
É assim que sente um coração
Que chora e que ri, que ama e sem razão continua
Continua ... de repente.
[NIVIA- 16/10/2011
De repente, o vazio na alma, pesa ao arrastar o corpo pelo chão
E a luz do olhar, vê apenas os contornos na escuridão
Falta ar, falta pulmão, falta força pra pedir perdão
A mente confusa se esvai na solidão, e são tantas palavras difusas
Muita reluta e muita oração
De repente, não mais que de repente, da arte fez-se o drama e da culpa o arrependimento
Mente conturbada, pensamentos incessantes
O combate, a batalha de frustração
Pelos altos e baixos, eu na multidão
De repente, do nada sinto força e relutação, a fraqueza e a adoração
Sem sentido, sem ação
É assim que sente um coração
Que chora e que ri, que ama e sem razão continua
Continua ... de repente.
[NIVIA- 16/10/2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
PORQUE O NOME NIVIA SURTÔ
Bem, Nivia, porque meu nome é Nivia (hãnnn...) e eu não estou a fim de pensar em um pseudonimo agora. O Surtô tem um melhor motivo. Vamos a explicação:
Como uma boa e não compreendida bipolar, medicada, diga-se de passagem, já tive vários surtos de humor, nada psicótico por enquanto. E como as pessoas desenformadas sobre este tipo de transtorno achavam que eu tinha surtado, o que não deixa de ser um pouco verdade. Então, falavam:
- Iiii, a Nívia surtou.
Então surtei de vez e resolvi escrever tudo o que me deixa P da vida. Assumir que eu surto mesmo. Sabe aquelas coisas que acontecem e nos deixam completamente fora de controle, e que a gente as vezes, só as vezes tem que engolir. Pois é, a vontade de esganar e falar umas verdades pra meio mundo, sem contar que ajuda a colocar energias não tão boas pra fora, e não deixa portanto, de ser uma boa terapia. Ficar guardando pra si, mágoas, ofensas que ouvimos, humilhações, enfim tudo de ruim que somos por vezes obrigadas a "enfiar goela abaixo", isso só traz a nós mesmas doenças, mal humor. devemos aprender que durante a vida recebemos vários presentes, e justamente por serem presentes, podemos ou nao receber ou até mesmo devolver. O que quero dizer é que nós temos sempre duas escolhas, podemos ecolher receber o presente que o outro dos dá ou simplesmente não. Podemos as vezes, por engano abrir o presente, ver o quanto é ruim, e devolver, dizendo : não, obrigada. Metaforicamente é claro, mas quer dizer que nós podemos dizer não a muitas coisas, tais como: Não voce nao tem o direito de me magoar, não, eu nao mereço ouvir isso, e não, eu não sou obrigada a passar por isso.
Parece fácil quando se fala deste modo, mas nao é. Requer fibra. Diga NÃO, quando algo for te machucar. Sabe, pensar em nós mesmas nao é egoismo, é AMOR PROPRIO.
E sim, temos que nos perdoar quando erramos, aceitarmos quando estamos enganadas e deixar os outros carregarem suas culpas. Nao carregue nada além do que é seu, já temos muitas coisas pra pensarmos, se ficarmos tambem encanando com tudo, surtamos.
E veja o lado bom de ser uma surtada: qualquer coisa que voce faça ou diga, ninguém mais vai estranahr ou falar, afinal de contas você apenas surtou, hehhe.
Parece fácil quando se fala deste modo, mas nao é. Requer fibra. Diga NÃO, quando algo for te machucar. Sabe, pensar em nós mesmas nao é egoismo, é AMOR PROPRIO.
E sim, temos que nos perdoar quando erramos, aceitarmos quando estamos enganadas e deixar os outros carregarem suas culpas. Nao carregue nada além do que é seu, já temos muitas coisas pra pensarmos, se ficarmos tambem encanando com tudo, surtamos.
E veja o lado bom de ser uma surtada: qualquer coisa que voce faça ou diga, ninguém mais vai estranahr ou falar, afinal de contas você apenas surtou, hehhe.
QUEM EU SOU?
Heita pergunta difícil, nem eu mesma sei exatamente quem a Nivia é. Eu vivo em constante mudança, aprendendo o tempo todo e minha vida muda numa questão de segundo, portanto seria melhor eu tentar definir como eu sou agora, neste momoento. Quando penso em mim a a cinco anos atras, vejo o quanto aprendi e o quanto meus erros me ajudaram a enxergar quem era era, modificar no que eu estava me tornando, repensar no que quero ser. Esses questionamentos veem o tempo todo. A questao de quem somos, de onde viemos e pra onde vamos é nao só relativa, mas amplamente aberta a discussoes.
O que eu posso dizer sobre mim hoje, é que eu sou uma mulher, com seus trinta e poucos anos, embora não aparente ter mais de 25 (rsrs), que quer compartilhar um pouco de sua vida, de suas experiências.
Resumindo: eu sou Taurina, filha de Gaia, regida pelo planeta Vênus. Louca por torres de alta tensão, voar de balão e tomar banho de chuva na rua. PhD em física, bipolar, panteísta. Razão, emoção, contradição, todos os humores ao mesmo tempo. Pra mim não existe meias verdades. Sou quente ou fria, morna, jamais. Ou seja, humanamente imperfeita. Me perdoo pelos meus erros e acredito na lei da reciprocidade. Hoje é assim que eu estou. Porque estou em constante mudança, como todos nós.
O que eu posso dizer sobre mim hoje, é que eu sou uma mulher, com seus trinta e poucos anos, embora não aparente ter mais de 25 (rsrs), que quer compartilhar um pouco de sua vida, de suas experiências.
Resumindo: eu sou Taurina, filha de Gaia, regida pelo planeta Vênus. Louca por torres de alta tensão, voar de balão e tomar banho de chuva na rua. PhD em física, bipolar, panteísta. Razão, emoção, contradição, todos os humores ao mesmo tempo. Pra mim não existe meias verdades. Sou quente ou fria, morna, jamais. Ou seja, humanamente imperfeita. Me perdoo pelos meus erros e acredito na lei da reciprocidade. Hoje é assim que eu estou. Porque estou em constante mudança, como todos nós.
A IDÉIA
Muitas pessoas sempre diziam que minha vida daria um livro. Pra mim, todas as vidas dariam bons livros. Dizem também que uma pessoa completamente realizada tem que ter feito no mínimo três coisas em sua vida para que sua existência não tenha sido em vão: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.
Eu, por enquanto só plantei árvores, muitas e muitas, ipês, roxos, amarelos, árvores frutíferas, árvores em homenagem aos que já não estão mais entre nós.
Como não pretendo ter filhos ainda, e publicar um livro seria muita pretensão da minha parte, escreverei aqui como um diário. Mais historias de uma anónima entre tantas.
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